Em 2001, buscamos criar uma obra sobre os direitos humanos na Itália. O objetivo desse projeto era projetar e construir a 5ª estação de metrô sobre os direitos humanos na Europa. Após a construção de quatro estações de metrô (Paris, Lisboa, Bruxelas e Estocolmo), parecia evidente criar uma estação sobre os direitos humanos em Roma. Sob o pedido de Bruno Racine, diretor da Villa Médicis em Roma, Françoise Schein passou vários meses na cidade para aprender sobre a cultura local, conhecer potenciais parceiros e colaboradores, e definir estratégias operacionais.

O conceito do projeto era ao redor da memória subterrânea, uma jornada nas profundezas da alma. Escrever e promover os direitos humanos é um objetivo para a Inscrire, não é uma obrigação, mas uma ética. Sob a terra, cada estação tem o valor de uma obra escondida debaixo dos nossos pés, como uma arqueologia do futuro, que ressoa em todas as outras capitais europeias.
É um gesto ético de esperança para as gerações futuras.

Propusemos escrever o texto dos direitos humanos no arco da estação de Piazza di Spagna inscrito nas pedras de Travertin, porque essa é uma tradição histórica romana que existe faz vários séculos. Misturado ao texto, estarão diversas pequenas réplicas de anjos encontrados nas igrejas romanas. As crianças são como nossos anjos da contemporaneidade.

Essa estação, com um arco duplo, possui também longos corredores de acesso, desembocando em uma entrada escura, em um pequeno espaço sem saída, no caminho de vinda da Piazza di Spagna.
É uma estação terrivelmente feia que precisa ser reformada. Contudo, ela oferece a localização e as condições ideais para construir Romaetica. A estação entrará em consonância com a estação de metrô Concorde em Paris.

Villa Médicis
Bruno Racine

Metrô de Roma
Cidade de Roma