A obra Dyads está situada em Bruxelas, em um bairro popular, na estação de metrô Parvis de St.Gilles.
Ela é definida em torno de dois temas: dyad, ou seja a união entre dois princípios que se completam reciprocamente, no caso os direitos humanos e as fronteiras europeias.

Dyads é composta de 1600m2 de azulejos azuis. O texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos está escrito em branco, sem espaçamento entre as letras, enquanto uma longa linha abstrata atravessa várias vezes a estação.
Essa linha, em forma de eletroencefalograma, delineia todas as fronteiras europeias, uma após a outra. Uma obra em camadas onde as fronteiras se entrelaçam em um jogo sutil de delineados.

Assim que o viajante entra na estação, seus olhos são imediatamente atraídos para as citações de Erasme: “Acelere lentamente”, “Se quiser o mel, suporte as abelhas”. Ao se aprofundar no subterrâneo ele atravessa as plataformas feitas a partir de milhares de letras e de uma longa linha branca que se enrosca ao seu redor. Ele percebe então, como Janus e seus dois rostos, que seu continente é constituído de dois pilares: a democracia e as fronteiras.

A estação de metrô Saint Gilles marca o começo de um trabalho em arborescência para Françoise Schein e a Associação INSCRIRE. O metrô é a rede mais democrática. Ele é vital para as cidades. Ele as torna mais fluidas e organiza seus deslocamentos. Ele também cria encontros possíveis, Ele vive como as artérias de um órgão.

Prêmio da Libre Académie da Bélgica, 1998
— Para o conjunto da obra e mais especificamente pela sua contribuição à arquitetura urbana contemporânea

STIB – Société des transports de Bruxelles
CAID – Commission artistique des infrastructures de déplacement

Francoise Schein