Inscrever os direitos humanos em Cabul
Un projet sur la démocratie à Kaboul
Date:
25 Novembro 2020
Année :2004-2009
Lieu :Stade de Kaboul, Kaboul
Nos anos 1990, em resposta à invasão do partido comunista soviético e a tomada de poder pelos islâmicos, os mujahedin combateram seus inimigos estrangeiros e depois se confrontaram entre eles. Essas últimas facções receberam ajuda dos Estados Unidos para lutar contra a União Soviética.
O Talibã chegou no Afeganistão como salvador e se desfez dos mujahedin. O saudita Osama Bin Laden aproximou-se do Talibã. Em seguida, houve o ataque ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001, no começo do milênio e dois anos após a liberação do Afeganistão do Talibã, o país permanece longe da estabilidade.
Esse projeto tinha o propósito de contribuir para o debate internacional sobre a abertura do Afeganistão à democracia.
51 nações contribuíram com as Nações Unidas com o intuito da criação de um cenário de paz no país.
Acreditávamos em uma utopia: buscamos criar um projeto em cerâmica nos muros do estádio de Cabul onde o Talibã executava suas vítimas. As muretas e os bancos do estádio seriam recobertos de textos da Declaração dos Direitos Humanos, inscritos nas línguas locais, o Dari e o Pachtou.
O ateliê de Cabul funcionava com os artesãos locais que buscavam reviver as técnicas tradicionais de cerâmica e caligrafia. Essa colaboração permitia que houvesse também a promoção da reconstrução cultural do país.
Nossa parceira local, a jornalista alemã Britta Petersen trabalhou intensamente nesse projeto até 2001 para garantir sua realização e os fundos necessários.
Seu parceiro, o Centro de Mídias do Afeganistão, se organizava nesse momento como uma ONG internacional que trabalha na reconstrução do campo da educação e ciência no Afeganistão.
A democracia não é apenas uma questão financeira, ela exige uma mudança profunda de consciência. Após a ditadura comunista e o terror islâmico, a “talibanização” manteve-se parte da mentalidade e alienou a cultura do país. Além de uma reconstrução material, o Afeganistão demandava um renascimento cultural e o conhecimento dos direitos humanos, a base democrática de um Estado moderno.
Utopia é uma palavra bonita. Nós tentamos. O Talibã ressurgiu.
Em 2009, para garantir sua segurança, Britta Petersen teve que deixar Cabul.
EQUIPE
Britta Pettersen
Françoise Schein
PARCEIROS E APOIO
Britta Petersen
Centro de Mídias do Afeganistão foi uma ONG criada por nossos colaboradores locais. Atualmente, ela é governamental: GMIC
Centro de Formação TEVTA em Lahore no Paquistão
A UNESCO realiza a formação de jovens artesãos nas técnicas antigas de fabricação de azulejos em Herat
PATROCÍNIO
German Heinrich-Boell-Foundation