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Manual de instruções escolar

Uma análise participativa do processo de aprendizagem nas escolas, transformada em arte


Date:
25 Novembro 2020
Ano :
1994
Localização :
Lycée Jules Vernes, Limours

Em 1994, a região Île-de-France fez um pedido ao escritório de arquitetura Sarfati para a construção de um novo prédio para a escola Lycée Jules Verne em Limours, uma pequena cidade ao sul de Paris. O escritório pediu que a INSCRIRE criasse uma obra de arte para a escola.

Nossa proposta, “Manual de instruções escolar”, é baseada no texto de Georges Perec, intitulado “Comment je pense” em seu livro “Penser, Classer”. Decidimos que não se trataria de uma obra convencional, mas de uma análise participativa do processo de aprendizado dos jovens, transformada em arte.

O conceito do projeto não tinha a pretensão de realizar nenhuma grande obra artística, a ideia era criar uma série de intervenções integradas ao prédio, de diferentes tipologias, com a ativa participação dos alunos e dos professores.

Para isso, a artista Françoise Schein faria parte da equipe de professores da escola durante os dois próximos anos. O maior problema para a realização do projeto era garantir os fundos necessários durante um período tão longo. Foi necessário separar o financiamento e criar um dispositivo específico dedicado a um programa pedagógico de longo termo dentro da escola.

Em 1994, esse tipo de projeto era inovador porque a obra de arte se tornaria parte integrante da pedagogia da escola: o processo de aprendizado se tornaria uma obra de arte. Foi surpreendente o interesse de todos os professores em participar do projeto.

Duas categorias foram definidas para a obra:
1- Obras de arte foram concebidas para serem diretamente integradas na arquitetura, como textos nos muros e nas janelas.
2- Uma outra série de obras de arte seria criada com os alunos e os professores em colaboração com Schein. A temática dessas obras respeitava o programa pedagógico de diferentes disciplinas (matemática, literatura, física, história, etc.). Uma vez esculpidas pelos alunos, as obras seriam integradas nos nichos ou espaços vazios concebidos especificamente pela arquiteta para conter esses objetos. A missão da arquiteta era adaptar esses recipientes em função desse novo projeto. Progressivamente, ao longo dos dois primeiros anos, uma coleção de obras de arte em conexão com o programa pedagógico seria realizada e exposta nas salas de aula, nos corredores, no auditório da escola.

A proposta não foi aceita porque era impossível prolongar o financiamento durante vários anos e porque não havia uma solução administrativa que permitisse um acompanhamento dos artistas nas escolas francesas durante esse período.
Em 2020 esse método de criação artística foi aceito. A arte participativa é solicitada. O mundo mudou.
Aqui é possível descobrir o nosso projeto no Lycée Français de São Paulo.

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2020 – Ministério da Educação Nacional, Cultura

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